08.04.25 | Mundo 4r1522
Empresário palestino-americano é acusado de ter fornecido infraestrutura ao Hamas para a realização dos ataques de 7 de outubro 4e2cr
O empresário palestino-americano Bashar Masri está sendo acusado judicialmente por famílias americanas de vítimas dos ataques de 7 de outubro de 2023 de ter dado e ao Hamas por meio da construção da infraestrutura que permitiu a realização dos atos terroristas contra Israel, segundo noticiou a agência Reuters em matéria na Folha de S.Paulo desta terça-feira (8).
No processo, movido no Tribunal Federal dos EUA em Washington, as famílias acusam Masri de colocar a serviço do Hamas as propriedades que possuía, desenvolvia e controlava, incluindo dois hotéis de luxo e a principal zona industrial em Gaza —o Gaza Industrial Estate (GIE). Masri é acusado de ter facilitado a construção de túneis usados pelo Hamas para realizar os ataques. Ele teria financiado a construção de painéis solares acima do solo que os terroristas usaram para fornecer eletricidade dentro dos túneis.
O processo, que tem como alvo Masri e suas empresas, foi aberto em nome de quase 200 americanos, incluindo sobreviventes e parentes das vítimas. "Nosso objetivo é expor aqueles que ajudaram e encorajaram o Hamas e tentar responsabilizar indivíduos e empresas que apresentaram uma imagem legítima e moderada ao mundo ocidental, mas ajudaram ativa e conscientemente o Hamas", disse Lee Wolosky, principal advogado da equipe que representa os demandantes.
Segundo Wolosky, o GIE foi originalmente estabelecido com a ajuda do financiamento dos contribuintes dos EUA por meio da Usaid (Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional) —recente alvo de cortes de Donald Trump e Elon Musk— para promover o crescimento econômico na região.
De acordo com o advogado, a rede de túneis do Hamas foi construída com a ajuda de projetos de infraestrutura e energia financiados por instituições internacionais, incluindo a Corporação Financeira Internacional do Banco Mundial.
Masri divulgou nota afirmando que as acusações são falsas e que buscaria o arquivamento do processo no tribunal. O empresário afirmou que "se opõe inequivocamente à violência de qualquer tipo".