A organização internacional Human Rights Watch (HRW), com sede nos EUA, descobriu nesta segunda-feira (27) que Israel não foi responsável pela explosão que atingiu o hospital al-Ahli, em Gaza, no dia 17 de outubro, como apontado o grupo terrorista Hamas na ocasião, de acordo com matéria no jornal O Globo desta terça (28). Segundo a organização, a explosão no local “resultou de uma munição aparentemente lançada por foguete, como as comumente usadas por grupos armados palestinos”.

“Às 18h59 daquele dia, um tipo de munição que a Human Rights Watch não conseguiu identificar de forma conclusiva atingida uma área pavimentada dentro do complexo hospitalar, entre um estacionamento e uma área ajardinada onde muitos civis se reuniram em busca de segurança contra os ataques israelenses ”, diz a nota da entidade.

Na ocasião, o Ministério da Saúde de Gaza afirmou que 471 pessoas foram mortas e outras 342 ficaram feridas, mas a Human Rights Watch aponta que “não conseguiu corroborar” esses números, que “são significativamente mais elevados do que outras estimativas” e “ apresentam uma discrepância elevada de mortos e feridos e parecem ser desproporcionais aos danos visíveis no local”.

“Uma análise de vídeos e fotos da Human Rights Watch sugere que em 17 de outubro um foguete atingiu o terreno do hospital al-Ahli”, disse Ida Sawyer, diretora de crises e conflitos da HRW. “As vítimas e familiares dos mortos ou feridos enquanto procuravam segurança no hospital merecem uma investigação completa para determinar o que aconteceu e quem foi o responsável”.

Vale lembrar que a versão inicial divulgada pelo Hamas, sem qualquer investigação isenta, levou a uma enxurrada de críticas a Israel e só depois de análises mais apuradas de setores de inteligência ocidentais foi possível chegar à verdade do que realmente aconteceu.