19.05.25 | Mundo k5p36
Herzog e líderes judeus prestigiam a posse do papa 5e1r2t
O presidente israelense, Isaac Herzog, e uma delegação de rabinos e líderes judeus participaram da posse do Papa Leão XIV no Vaticano no domingo (18) junto com centenas de chefes de Estado, de governo e representantes religiosos. Herzog teve a oportunidade de falar brevemente com o papa no final do evento, segundo noticiou o Times of Israel.
Durante a cerimônia, ao apertar a mão do Papa, Herzog agradeceu ao pontífice por ter escolhido iniciar seu pontificado com um apelo pelo retorno imediato de todos os reféns mantidos em Gaza. O presidente aproveitou a ocasião para instar o Papa a continuar trabalhando pela libertação dos reféns e a promover a renovação do diálogo inter-religioso. Ao final da conversa, o presidente convidou o Papa a visitar a Terra Santa.
Nesta segunda (19), em audiência especial concedida a líderes judeus, o Papa disse que o diálogo judaico-cristão deve continuar, “mesmo diante de desafios e divergências”. “Devido às raízes judaicas do cristianismo, todos os cristãos têm uma relação especial com o judaísmo”, disse o papa. “O diálogo teológico entre cristãos e judeus continua sendo sempre importante e próximo do meu coração. Mesmo nestes tempos difíceis, marcados por conflitos e mal-entendidos, é necessário dar continuidade ao impulso deste nosso precioso diálogo.”
Em mensagem enviada ao rabino-chefe de Roma, Riccardo Di Segni, logo após ter sido escolhido no conclave, o papa Leão XIV já havia anunciado a sua intenção de fortalecer os laços entre a Igreja Católica e os judeus. Na mensagem, o papa comprometeu-se a dar continuidade e “fortalecer o diálogo e a cooperação da Igreja com o povo judeu, com base no espírito da declaração 'Nostra aetate' do Concílio Vaticano II".
Apesar de acenar com a continuidade iniciada pelo seu antecessor Francisco, o Papa Leão XIV disse, em sua homilia de domingo (18), que “as zonas de guerra não devem ser esquecidas, mesmo em momentos de alegria”.
“Na alegria da fé e da comunhão, não podemos esquecer nossos irmãos e irmãs que sofrem por causa da guerra”, disse o papa. “Em Gaza, as crianças, famílias e idosos sobreviventes estão reduzidos à fome. Em Mianmar, novas hostilidades ceifaram vidas de jovens inocentes. E a Ucrânia, devastada pela guerra, aguarda negociações para uma paz justa e duradoura”.