A colunista Patricia Kogut de O Globo comenta a série “A Rabina”, comédia dramática que aborda temas universais. Lançada pela Max, a série traz oito episódios curtos, de cerca de meia hora sobre a vida de Léa Schmoll, uma jovem rabina em Estrasburgo. A produção sa não tem grandes orçamentos, mas traz um roteiro cativante e um elenco talentoso, diz a colunista.

A atriz é Elsa Guedj, como Léa Schmoll. Prestes a assumir sua primeira função como rabina em uma pequena sinagoga de Estrasburgo, Lea entra em conflito com o pai, André (Eric Elmosnino), um psicanalista ateu que acreditava que a filha seria médica.

A relação entre os dois oscila entre afeto e atrito e o conflito familiar é retratado com sutileza e calor. As diferenças entre os dois trazem diálogos ricos: ela é mística, mas conhece Freud; ele, um cético, que estudou o Antigo Testamento na infância.

A narrativa mergulha em dramas pessoais e coletivos e cada episódio explora um desafio profissional dela. Tais imes são resolvidos a cada capítulo.

Léa é uma mulher jovem e feminista. Tem os interesses de uma moça solteira em 2025. Usa um aplicativo de namoros. E os dilemas religiosos se entrelaçam a questões contemporâneas sem perder a leveza.

A série se baseia em “Vive avec nos morts” (viver com nossos mortos, em tradução livre), livro da rabina, escritora e jornalista sa Delphine Horvilleur. Há piadas sobre a sociedade sa e a cultura judaica — e aquele seu clássico humor autorreferente.