“500 dias sob o ódio do Hamas” - Fundada em 1948, a CONIB – Confederação Israelita do Brasil é o órgão de representação e coordenação política da comunidade judaica brasileira.
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13.02.25 | Mundo y304z

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Em artigo publicado nesta quinta-feira (13) no Correio Braziliense, Alexandre Knopfholz e Fernando Brodeschi, respectivamente, presidente e vice-presidente da Federação Israelita do Paraná, abordam a situação dos reféns israelenses mantidos em Gaza e advertem: “O mundo precisa compreender que o problema não é Israel nem o povo palestino, mas o extremismo representado pelo Hamas. A solução para o conflito deve ar pela construção de uma convivência pacífica entre dois Estados, o que só será possível quando o Hamas for desmantelado e substituído por uma liderança comprometida com o bem-estar dos palestinos e com o diálogo”. Leia a seguir a íntegra do texto:

O dia 18 de fevereiro de 2025 marca os 500 dias do brutal ataque terrorista do Hamas contra Israel. O atentado de 7 de outubro de 2023 foi o maior assassinato de judeus desde o Holocausto e o ato extremista mais violento desde o 11 de setembro de 2001.

O debate gerado por esse evento histórico ainda é permeado por desinformação e confusão conceitual. O conflito ocorre entre o Hamas e Israel. O Hamas não representa a Palestina, tampouco seu povo. Trata-se de um grupo terrorista que age contra a existência do Estado de Israel e impõe sofrimento não apenas aos israelenses, mas também aos próprios palestinos.

A tragédia humanitária que se desenrola em Gaza é, em grande medida, responsabilidade do Hamas, que utiliza civis como escudos humanos e se beneficia da perpetuação do sofrimento na região. O grupo já desviou subvenções da União Europeia destinadas à reconstrução e à infraestrutura, empregando os recursos na aquisição de armamentos.

Nos últimos meses, Israel tem se esforçado para recuperar os reféns levados pelo Hamas. Em 17 de janeiro de 2025, o governo israelense notificou as famílias de 33 reféns que deveriam ser libertados na primeira fase do acordo de cessar-fogo. Os primeiros três reféns foram libertados em 1º de fevereiro. O que deveria ser um momento de alívio foi maculado por imagens perturbadoras: crianças armadas sendo incentivadas a expressar apoio ao grupo terrorista.

A cena evidencia a verdadeira face do Hamas. Seu objetivo não é a coexistência pacífica entre palestinos e israelenses, mas a disseminação do ódio e do terror. O grupo não hesita em instrumentalizar crianças para sua propaganda, incutindo nelas ideologias extremistas desde a infância.

Diante dessa realidade, é inevitável questionar: o que se espera de Israel? Qualquer nação que sofresse um ataque dessa magnitude teria o direito e o dever de reagir para proteger sua população. No entanto, a resposta israelense tem sido alvo de críticas que, muitas vezes, minimizam a gravidade dos atos terroristas do Hamas. Israel é, paradoxalmente, o único país do mundo que precisa justificar sua própria defesa.

A reação internacional ao conflito também levanta preocupações. O antissionismo cresce disfarçado de críticas a Israel, mas, em muitos casos, essa postura oculta um mal milenar: o antissemitismo.

Nesses 500 dias, as postagens antissemitas se multiplicaram nas redes sociais. No Brasil, denúncias frequentes registram ataques direcionados ao povo judeu.

A perseguição aos judeus já teve diferentes pretextos: religiosos na Antiguidade e Idade Média; econômicos no final do século XIX; raciais no século XX, culminando no Holocausto. Hoje, o discurso antissemita se disfarça de crítica política ao sionismo e ao Estado de Israel. No entanto, a defesa dos direitos palestinos jamais deveria servir de justificativa para o ódio contra o povo judeu.

O mundo precisa compreender que o problema não é Israel nem o povo palestino, mas o extremismo representado pelo Hamas. A solução para o conflito deve ar pela construção de uma convivência pacífica entre dois Estados, o que só será possível quando o Hamas for desmantelado e substituído por uma liderança comprometida com o bem-estar dos palestinos e com o diálogo.

O atual cenário do Oriente Médio já é alarmante. Não podemos permitir que sirva como combustível para a escalada do antissemitismo. Críticas ao Estado de Israel são legítimas no campo do debate político, mas jamais podem se converter em pretexto para preconceito e perseguição. A humanidade já cometeu erros históricos irreparáveis nesse sentido. Lembraremos para sempre, para que esses períodos nefastos da história jamais se repitam.


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