12.02.25 | Mundo 381o6i

Santa Sé faz apelo aos ‘especialistas em tecnologia’ para combater o ódio cibernético e o antissemitismo nas redes 5z4zc

Em conferência, realizada em Helsinque, na Finlândia, nos dias 10 e 11 de fevereiro, a Santa Sé afirmou estar “profundamente preocupada com o aumento do antissemitismo” no mundo e, em particular, com o fato de esse problema estar se manifestando on-line e ser amplificado pela Inteligência Artificial. É o que afirma uma declaração do observador permanente da Santa Sé junto à Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE), lida pelo padre Domenico Vitolo, secretário da Nunciatura Apostólica nos países nórdicos, na Conferência sobre Combate ao Antissemitismo promovido pela Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa, segundo noticiou a agência Vatican News.

A Santa Sé enfatizou a importância do papel da educação e dos “especialistas em tecnologia” no combate à “ignorância, ao preconceito e aos estereótipos”, em prol de um “ambiente de respeito pelas comunidades judaicas” e por uma tecnologia a serviço da “dignidade humana”.

A declaração ressalta que todos os dados disponíveis confirmam um aumento mundial da “intolerância” motivada pelo antissemitismo, em particular após os ataques de 7 de outubro e o conflito em Gaza, que “desencadearam uma onda de discriminação e ódio antissemita e antimuçulmano”. Atualmente, o antissemitismo se manifesta de várias formas, como, por exemplo, “a negação”, “banalização” ou “minimização” do Holocausto, ou “a justificativa de episódios de ódio contra os judeus”, ou ainda “o crescimento de movimentos que têm como alvo os judeus e incitam sentimentos de ódio contra eles e, sobretudo, o homicídio”.

A declaração adverte que as expressões desse problema estão encontrando mais espaço com a internet, as mídias sociais e a Inteligência Artificial: “O conteúdo antissemita nas mídias sociais tem um público global e pode facilmente se tornar viral graças à amplificação algorítmica, com um efeito multiplicador sem precedentes”, diz a declaração. “Esse fenômeno preocupante é agravado pela Inteligência Artificial que pode gerar 'conteúdo manipulado e informações falsas que podem facilmente induzir as pessoas ao erro por causa de sua semelhança com a verdade', com o objetivo de enganar ou causar danos”.

O observador permanente da Santa Sé junto à OSCE reitera que “a liberdade de expressão, como qualquer outro direito humano, implica responsabilidades que não podem ser negligenciadas” e que “os mesmos direitos que as pessoas têm off-line devem ser protegidos on-line”. A Santa Sé enfatiza, portanto, que “combater o ódio cibernético” e as “falsidades” geradas pela IA exige o compromisso de “especialistas no campo” da tecnologia, especialmente aqueles que fornecem serviços de Internet e mídia social, para que possam criar uma tecnologia a serviço da “dignidade humana” que promova “a paz em vez da violência”. Um instrumento que pode ajudar a combater esse fenômeno são os “códigos de conduta”, se implementados corretamente, bem como a intervenção do Estado em circunstâncias que o exijam.


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