10.02.25 | Mundo 6n6zp
Trump adverte o Hamas de que vai provocar um "inferno" em Gaza, se todos os reféns não forem libertados até o meio-dia deste sábado 17c2a
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, advertiu o Hamas de que vai provocar um “inferno” em Gaza se todos os reféns não forem libertados antes do meio-dia deste sábado (15).
Trump destacou que todos os reféns devem ser libertados de uma vez, “não mais pouco a pouco”. “Queremos eles todos de volta”, disse o presidente americano, segundo noticiou a imprensa.
Trump disse, contudo, que a palavra final cabe ao primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu.
Nesta quinta-feira, o premiê israelense disse que respeitará o acordo acertado e manterá o cessar-fogo em Gaza. O anúncio foi feito depois que o Hamas anunciou que irá cumprir o acordo e libertará três reféns no sábado.
Ao ser perguntado por jornalistas sobre eventual participação das forças americanas, Trump respondeu: “Vamos ver o que acontece".
Em resposta, o Hamas afirmou que Trump deve lembrar que há um acordo que deve ser respeitado por ambas as partes, “e esta é a única maneira de trazer os prisioneiros de volta”. “A linguagem de ameaças não tem valor e só complica as coisas”, afirmou Sami Abu Zuhri, um dos líderes do Hamas.
O presidente americano também itiu a possibilidade de suspender a ajuda à Jordânia e ao Egito se estes se recusarem a acolher os palestinos que ele propõe expulsar de Gaza para que os Estados Unidos “tomem o controle” do território. “Talvez”, disse ele.
Trump recebeu nesta terça (11), no salão oval da Casa Branca, o rei Abdullah II da Jordânia. Na ocasião, o rei Abdullah anunciou que seu país está disposto a acolher para tratamento 2.000 crianças doentes de Gaza, mas evitou falar sobre o pedido do presidente americano para que a Jordânia receba parte da população de Gaza.
O Egito afirmou, na segunda (10), que rejeita “qualquer compromisso que mine os direitos dos palestinos que vivem em Gaza". A resposta foi divulgada após reunião entre o chanceler Badr Abdelatty e seu equivalente americano Marco Rubio, em Washington. E, nesta quarta (12) o presidente egípcio, Abdul Fattah as-Sisi, afirmou que não visitará Washington se a realocação de palestinos estiver na agenda das conversas com Trump.