A plataforma X decidiu desativar a conta de Kanye West, após uma série de postagens racistas e antissemitas feitas pelo rapper nos últimos dias. Entre os comentários, West declarou “Eu sou nazista” e chegou a elogiar Hitler, afirmando que o ditador era “moderno”, de acordo com matéria no Estadão.

As declarações foram amplamente condenadas por organizações como a Liga Antidifamação (ADL) e o Comitê Judaico Americano e por celebridades, como o ator David Schwimmer, famoso por seu papel como Ross Geller em Friends, que pediu a Elon Musk a remoção do rapper da rede social.

“Não podemos impedir um fanático de espalhar seu ódio ignorante, mas podemos parar de dar um megafone para ele, Sr. Musk”, escreveu Schwimmer em seu Instagram antes da suspensão da conta de West. O ator alertou sobre a influência do rapper, destacando que seus 32,7 milhões de seguidores representam o dobro da população judaica mundial e que discursos de ódio têm consequências reais.

Em suas publicações, West escreveu que “adora quando judeus dizem que não podem trabalhar com ele” e afirmou que “nunca vai se desculpar” pelos comentários antissemitas.

Não foi a primeira vez que West fez declarações do tipo.

Em 2022, Kanye teve sua atuação restringida no X (então Twitter) após publicar que daria um “golpe mortal 3” contra judeus, uma possível referência a um termo militar dos EUA para prontidão aumentada diante de uma ameaça. As declarações geraram uma grande reação negativa e levou empresas como a Adidas a encerrar parcerias com ele e o Twitter a suspender a conta do rapper na época.

Nesta terça (11), o site Yeezy.com de Kanye West foi retirado do ar após polêmica envolvendo a venda de uma camiseta com desenho de suástica. Ao ar o site, os visitantes encontram mensagens de erro, como “algo deu errado” e “esta loja está indisponível”. A remoção foi determinada pela plataforma de e-commerce Shopify, que era utilizada para as transações.