Reportagem do The Times of Israel relata que o Tribunal Superior de Justiça ordenou que o estado forneça detalhes sobre como pretende impor o recrutamento de homens ultraortodoxos e como combaterá a recusa em responder às ordens de recrutamento das IDF, após audiência sobre os esforços de recrutamento dos Haredi.

No início desta semana, o estado informou ao Tribunal Superior que, a partir de 2026, não haverá limite para o número de militares ultraortodoxos que as Forças de Defesa de Israel poderão alistar.

O Tribunal Superior também pede detalhes sobre as medidas que serão tomadas para garantir que os homens Haredi sejam recrutados, incluindo se as ordens de recrutamento serão emitidas automaticamente para os Haredi de 18 anos, como acontece com a grande maioria dos jovens de 18 anos na sociedade israelense.

No ano ado, cerca de 70 mil homens haredi foram listados como elegíveis para o serviço militar.

Em uma decisão histórica em junho, o Tribunal Superior de Justiça decidiu por unanimidade que o governo deve recrutar estudantes ultraortodoxos de yeshivá para o exército, uma vez que não havia mais nenhuma estrutura legal para continuar a prática de décadas de conceder-lhes isenções gerais do serviço militar.

Desde então, milhares de ordens foram emitidas, mas poucos haredim se alistaram, com a esmagadora maioria dos elegíveis para o serviço militar permanecendo fora do exército.

Em novembro de 2024, as IDF emitiram 1.126 mandados de prisão para aqueles que não compareceram aos centros de recrutamento.