O ministro israelense das Relações Exteriores, Gideon Sa'ar, anunciou no domingo (15) que o país fechará sua embaixada na Irlanda, por sua política antissemita e “extremamente anti-Israel”.

“As ações e retóricas antissemitas que a Irlanda está tomando contra Israel são baseadas na deslegitimação e demonização do Estado judeu e em padrões duplos”, disse Sa'ar ao anunciar a medida. “A Irlanda cruzou todas as linhas vermelhas em suas relações com Israel”, completou, de acordo com matéria de Lazaro Berman, no Times of Israel.

Israel já havia chamado de volta seu embaixador na Irlanda em maio, depois que o país anunciou o reconhecimento unilateral de um estado palestino. No último mês de novembro, o Parlamento irlandês aprovou uma moção em que acusa Israel de praticar o genocídio em Gaza. E, na semana ada, o governo irlandês votou a favor da iniciativa da África do Sul que acusou Israel de perpetrar genocídio em Gaza no Tribunal Penal Internacional em Haia.

Além disso, um relatório divulgado no mês ado pelo grupo de monitoramento educacional IMPACT-se revelou que a Irlanda adota, em livros didáticos usados ​​nas escolas públicas irlandesas, distorções profundas do Holocausto, de Israel, do judaísmo e da história judaica.

O primeiro-ministro irlandês, Simon Harris, considerou “profundamente lamentável” a decisão israelense , afirmando que “a Irlanda é pró-paz, pró-direitos humanos e pró-lei internacional” e que seu país “quer uma solução de dois Estados e que Israel e Palestina vivam em paz e segurança”. O ministro das Relações Exteriores da Irlanda, Micheal Martin, disse que os dois países vão manter relações diplomáticas e que não há planos de fechar a embaixada da Irlanda em Israel.