Documentos internos do Hamas apreendidos pelo Exército israelense e compartilhados pelo governo de Israel com o jornal New York Times mostram a presença de membros do grupo terrorista em escolas da ONU. De acordo com matéria de Jo Becker e Adam Rasgon, do New York Times, publicada na Folha de S.Paulo. 24 funcionários da UNRWA, a agência das Nações Unidas para refugiados palestinos, estariam envolvidos com as ações do grupo terrorista.

Um deles era Ahmad al-Khatib, que atuava como diretor de uma escola primária na Faixa de Gaza istrada pela UNRWA, mas que, segundo documentos apreendidos, tinha também outra função: a de “soldado de infantaria” do Hamas na cidade de Khan Yunis, no sul do território palestino.

Essa divisão do Hamas, conhecida como Brigadas Qassam, mantinha registros meticulosos de seus membros, rastreando as armas que lhes eram fornecidas e avaliando regularmente suas atividades, desde sua aptidão física até sua lealdade.

Al-Khatib era funcionário da agência da ONU desde 2013. De acordo com os documentos apreendidos ele tinha o cargo de comandante de esquadrão, era um especialista em combate terrestre e havia recebido pelo menos uma dezena de armas, incluindo um fuzil Kalashnikov e granadas.

A UNRWA operava escolas em toda a Faixa de Gaza, antes de estas serem fechadas após o ataque terrorista do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e a subsequente guerra.