O ex-presidente iraniano Mahmoud revelou que o chefe de uma unidade do serviço secreto iraniano criada para atacar agentes do Mossad que atuam no Irã era um agente israelense, segundo noticiou o Times of Israel.

Ahmadinejad, que ficou conhecido por sua retórica anti-Israel, afirmou que outros 20 agentes da equipe de inteligência iraniana encarregada de monitorar as atividades de espionagem israelense também atuavam a serviço de Israel.

Esses agentes duplos teriam fornecido a Israel informações confidenciais sobre o programa nuclear iraniano que foram amplamente divulgados pela mídia internacional.

Ahmadinejad disse que os agentes estavam por trás de alguns sucessos importantes do Mossad no Irã, incluindo o roubo de documentos do programa nuclear em 2018 que foram levados de Teerã para Israel e revelados pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Acredita-se que o teor do material encontrado tenha sido um fator importante para convencer o então presidente dos EUA, Donald Trump, a se retirar do acordo nuclear entre as potências mundiais e o Irã.Segundo afirmou Ahmadinejad, tanto o chefe da unidade de contrainteligência como os demais supostos espiões do Mossad conseguiram fugir do país e viajar para Israel.

A rede de espionagem do Mossad no Irã também foi comentada por outras autoridades iranianas. Um ex-ministro iraniano que serviu como conselheiro do ex-presidente Hassan Rouhani disse em 2022 que algumas autoridades iranianas estariam preocupadas com suas vidas devido à "infiltração" da agência de espionagem de Israel, de acordo com o site de notícias Manoto, em língua persa, sediado em Londres.

Citando uma fonte libanesa, o jornal francês Le Parisien, revelou, no sábado (28), que Israel foi avisado sobre a presença do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, por um informante iraniano.