Matéria da Agência Presse no site UOL traz relatos de Shani Goren, uma ex-refém israelense libertada do cativeiro, em Gaza, em novembro, durante trégua de uma semana no conflito entre Israel e Hamas. "Meu coração e grande parte de mim ainda estão lá, naquele lugar terrível de cativeiro em Gaza", disse ela durante evento organizado pelo CRIF (Conselho Representativo das Instituições Judaicas da França), no bairro judeu de Marais, no centro de Paris, e do qual participaram sobreviventes do ataque ao kibutz Nir Oz, o mais atingido no ataque terrorista.

Shani Goren falou sobre a sua dificuldade em retomar a vida normal após o cativeiro. "Retornei, acordo de manhã, durmo à noite, embora na maioria das vezes não consiga. Mas isso está longe de ser vida. Meus amigos mais próximos do kibutz ainda estão lá. Sinto falta deles", disse Goren, em hebraico.

Ela ou 55 dias em cativeiro em Gaza e fez parte do grupo de reféns liberados durante a única trégua de uma semana entre Israel e o Hamas no final de novembro de 2023.

"Cada dia é uma eternidade. Eles (os reféns) precisam voltar para casa. Agora", concluiu, enquanto uma pequena multidão gritava: "Arshav" ("agora" em hebraico).

O kibutz Nir Oz, o mais atingido no ataque do Hamas, teve 30 mortos e mais de 70 pessoas tomadas reféns, muitas das quais morreram em cativeiro.

O ataque sem precedentes do Hamas provocou a morte de 1.205 pessoas. Das 251 pessoas sequestradas naquele dia, 97 ainda estão em cativeiro em Gaza, 33 das quais acredita-se estarem mortas, de acordo com dados das Forças de Defesa de Israel (IDFs).