Quase 30.000 judeus imigraram para Israel desde o início da guerra em Gaza, após os ataques terroristas de 7 de outubro, em movimento atribuído à onda global de antissemitismo, segundo noticiou o Times of Israel.

De acordo com o presidente da WZO, Yaakov Hagoel, mais de 29.000 pessoas – a maioria vindas da França, EUA e Canadá - se mudaram para Israel sob a Lei do Retorno nos últimos 11 meses, incluindo 150 imigrantes recém-chegados da França.

"Em 7 de outubro, uma guerra irrompeu não contra o estado de Israel, mas contra o povo judeu. Hoje, em muitos países ao redor do mundo, é difícil ser judeu, seja na escola, no trabalho ou na oração", disse Hagoel aos imigrantes ses, de acordo com a matéria.

Os números de imigração haviam despencado logo após o ataque de 7 de outubro. Em outubro de 2023, apenas 1.163 pessoas se mudaram para Israel, em comparação com 2.364 pessoas em setembro, segundo informou o Departamento Central de Estatísticas. Em outubro de 2022, 6.091 pessoas se mudaram para Israel, segundo o departamento.

De outubro a abril, mais de 12.000 imigrantes chegaram em Israel e o movimento de imigração se intensificou nos últimos meses, de acordo com dados do governo e da Agência Judaica.

“Registramos, no entanto, um salto notável em pedidos de aliá, principalmente nos EUA e na França, mas também no Canadá e no Reino Unido”, disse o porta-voz da Agência Judaica, Yigal Palmor, em declarações ao Forward.

A imigração para Israel havia atingido o pico em 2022, com a chegada de 73.000 imigrantes, a maioria da Ucrânia e da Rússia.

Comunidades judaicas de vários países relataram aumentos significativos em ataques e incidentes antissemitas, muitos deles ligados a protestos anti-Israel que vem acontecendo em várias partes do mundo todo desde outubro.