Robert Bowers, o atirador que matou 11 pessoas em uma sinagoga da cidade americana de Pittsburgh, em 2018, foi sentenciado à morte por um júri federal nesta quarta-feira, segundo informou a imprensa americana. Os 12 membros do júri votaram por unanimidade a favor da pena contra Bowers, declarado culpado de executar 11 assassinatos em 27 de outubro de 2018 na sinagoga Tree of Life, no estado da Pensilvânia, um crime agravado pela qualificação como ato antissemita. O juiz distrital dos EUA, Robert Colville, deve sentenciá-lo formalmente em uma audiência na manhã desta quinta-feira, informou a agência Reuters.

Segundo a emissora CNN, o júri ou cerca de 10 horas deliberando nos últimos dois dias. A questão da pena federal de morte, a primeira imposta sob o governo Biden, foi central neste caso. Desde 2019, o promotor federal de Pittsburgh havia avisado que buscaria a pena de morte contra o assassino, citando sua "ausência de remorso" e "seu ódio e desprezo" pelos judeus.

Ele foi declarado culpado em junho deste ano, sendo condenado em todas as 63 acusações contra ele, incluindo crime de ódio e obstrução do livre exercício de religião.

O atentado em 27 de outubro de 2018 à sinagoga Tree of Life, em Pittsburgh, foi o pior ataque antissemita da história americana. Os promotores destacaram que o homem perseguiu as vítimas, atirando várias vezes em muitas delas e à curta distância. Além das 11 mortes, seis pessoas ficaram feridas, entre elas quatro policiais que responderam ao chamado de emergência.

Os mortos incluem oito homens e três mulheres. A vítima mais velha, Rose Mailinger, tinha 97 anos. Dois irmãos, David e Cecil Rosenthal, de 54 e 59 anos, eram os mais jovens. Um casal, Bernice e Silvan Simon, de 84 e 86 anos, também estavam entre os mortos.