Com o apoio do Congresso Judaico Mundial (CJM) e da Organização dos Estados Americanos (OEA) e com a presença de 70 representantes de dez países, o Congresso Judaico Latino-Americano (CJL) realizou na segunda e terça-feira (17 e 18), em Buenos Aires, um encontro para discutir formas de prevenir e evitar atos terroristas e o extremismo na América Latina.

Participaram da delegação brasileira o Diretor de Segurança da CONIB, Octávio Aronis, o Diretor Executivo do DSC-CONIB. Alexandre Judkiewicz, o Gerente Nacional de Segurança do DSC-CONIB, Ezequiel Gotlib, os agentes da inteligência da Polícia Federal Flávio Rodrigues e Christian Vienne de Azevedo, o Juiz Federal Friedmann Anderson Wendpap e o adido civil da Embaixada do Brasil na Argentina, Geraldo Fragoso.

O evento também contou com a presença, entre outros do diretor executivo do CJL, Claudio Epelman; do embaixador de Israel na Argentina, Eyal Sela; do ministro argentino de Segurança Nacional, Aníbal Fernández; do presidente da DAIA, Jorge Knoblovits; de Violanda Botet, secretária executiva adjunta da OEA, e do senador paraguaio Enrique Riera Escudero.

“Excepcional reunião incluindo membros da comunidade judaica e autoridades da América Latina, judiciário, executivo e polícias das nações. O CJL, CJM e OEA reuniram os principais especialistas - diretores e profissional das comunidades judaicas e responsáveis por segurança nacional da Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai, Chile, Panamá e Venezuela para debater sobre a prevenção contra o terrorismo, tema que nos é tão preocupante e desafiador”, destacou Octavio Aronis.

Segundo os representantes da CONIB, o programa do encontro contou com apresentações e discursões das autoridades judiciárias e policiais dos países presentes, que debateram os desafios do combate ao terrorismo na América Latina e a necessidade de um trabalho conjunto e de cooperação entre os governos, órgãos de inteligência e de segurança pública na prevenção, dissuasão e repressão da atividade de grupos extremistas e potencialmente violentos na região. Os participantes também puderam acompanhar uma palestra do Professor e Jornalista Emanuel Otolenghi, pesquisador e especialista em atividades do Hezbolah na América do Sul.

“O evento proporcionou um valioso espaço de debate, troca de experiências e aproximação dos atores governamentais do continente responsáveis pelas atividades de inteligência e contraterrorismo, reforçando o compromisso de se buscar cada vez mais eficiência e cooperação no combate as ameaças que possam surgir na América Latina”, pontuou Ezequiel Gotlib.

Na manhã do dia 18, às 9h54 (horário do atentado à AMIA), a comitiva participou do Ato em Memória das Vítimas que reuniu centenas de pessoas numa cerimônia em frente ao local da tragédia, onde hoje se encontra a nova sede da instituição.